É no frio

Vasto largo de ócio
pasto dado
de modos e acaso
é coisa que não se passa
é lado que não tem fato
é limbo de estado
é rojo no dorso
modo e som
remelexo de tempo
sempre desejo
lento
lento
é grocejo de pelo
agente se acoberta
na esquadria de fio de sol
na sacada pela manhã
e depois do por do sol.

Jovem Poeta


De poeta não se faz um mundo
só vários bem perturbados
o mito do sábio é lenda
onde vivemos, o morto tem mais voz
do que o coitado do poeta

Nossa alma foi calada
me entupiram de besteiras
achar coisa certa lá dentro
só me faz procurar e nunca
ter certeza

O mundo foi criado
sem pudor nem limites
mas isso não é nada 
a lama negra nos limites
fala que aqui não se pode sonhar 
é feio estar livre
e dizer que é feliz

Vejo seres bonitos
esses são raros, 
buscam o melhor que há
no caminho são lavados
pela dor de não pertencer
a lugar algum 
morrem à deriva social
sem existência de nada

Amor de predador


Eu quero fazer com você
aquilo que o mal inventou
quero te ver jogando
sangrando como um veado abatido por um predador
quero ver no seu rosto o ódio
quero ver em suas mãos os meus cabelos
quero deitar em seus braços ensanguentados
e me sentir amado
o estranho do mundo, só contigo posso viver
alguém que não sei 
mas já amo
alguém que espero sentado
com meu cigarro do lado
alguém que não tema
o horror de sentir dor
e me ensine a viver
insite meu artista
descubra minha beleza
me leva contigo para o infinito prazer.


No que penso ao limite de estranho
pensamento

nem paraíso consigo mais sonhar

revoltar-me pelo mesmo
de causa não se desiste

por onde caminho
não voltarei a andar

é por isso que escrevo meus desejos
nos sonhos consigo buscar
aqui só vermes cantam cantigas de ninar

livre a mente de gente
busca-la-ei
de intentos vou promulgar
o livre estado de ser
do homem feliz

o belo caso de jogo
não dorme num tom vazio
grunge o corpo e fede
rir sarcamos social

tragam as nuvem
voar ei de ser
o fluxo continuo do
do dueto existencial

Trouxinhas de Salém

As Bruxas do Vale da Morte da Toupeira em Salém, em anos longínquos, fizeram uma receita para atravessar o rigoroso inverno. Havia escassez de comida provinda da falta de animais, exceto pela galilobo, um animal retardo como uma galinha e feroz como um lobo. Sendo assim, as Bruxas utilizaram o que tinham ao seu dispor para criar um alimento poderosíssimo. Anos mais tarde, um jovem jardineiro que estava a desenhar arbustos encontra uma garrafa na valeta, na qual estava escrita a receita das trouxinha. Logo que chegou em casa, ele fez a receita. No outro dia, indo trabalhar, percebe que a grama estava mais verde.


1/3 Pimentão
1 Cebola
1 Limão
Molho de Tomate
Curry
Sal
Margarina c/sal
300g de frango
4 Xícaras de chá de Proteína de soja Média
Tomate
Talvez queijo (a gosto)

− Modo de Preparo

Ferva uma água numa panela qualquer. Quando fervida, jogue uma colher de manteiga e esprema meio limão, cuidado com o limão. Deixe esfriar um pouco e jogue a PTS, deixe por 30min ou quanto tempo for (por sua conta e risco) de molho, tire e escorra a água num pano limpo, é necessário tirar o máximo de água. Leve ao fogo com manteiga, jogue o pimentão, a cebola e deixe refogar, quando estiver seco, jogue o tomate e depois o molho, espere secar, nesse momento vá adicionando os temperos que você tiver. Depois de tudo meio/seco, frite em pedaços médios com manteiga, sal, e a outra metade do limão. Pegue o papel alumínio, separe em 05 partes iguais, distribua o frango e a massa igualmente pelos papéis alumínio e enrole como se fosse um ovo de páscoa, lembrando de deixar uma leve abertura na extremidade. Leve ao forno pré-aquecido por 30min ou quanto quiser. O queijo é só jogar quando você achar mais conveniente, fica bom com tudo. E assim viveram felizes, talvez.

Viagem pra lá

Sem teto ligo os óculos
vejo o relevo atento e não penso
sigo distante de modo relevante
sem sentido de fim

no horizonte vejo a fonte
ela brilha pra mim

sigo para fronte com
cheios e vazios

de nada sei o risco ganhei
da vida me salva na selva

no cume do pico explico
o que vim fazer aqui.

vai fundo
bem fundo
de tão fundo que perde o giro
levanta
toma um ar
e volta a mergulhar

Guilhotino


O pássaro sai voando de tão alto que morre de hipotermia
cai em queda livre e se espreme no chão.
Vida boa, esta  faz sair do meu sono
faz do alto ser um bom amigo e o tempo inimigo
Tempo que corta os percurso e não deixa atraso 
leva consigo a chuva acida provida das bocas malditas.


Roda que fala sobre nada de nada apenas roda
isso é insosso respeitado, pois nasceu para isso,
sem nunca pensar em vira um hexágono. 
Diferente do carrasco que carrasqueia a vida alheia
mas sua consciência incoerente acha valido carrasquear
a cabeça que descansa na lamina da guilhotina.

Limbo

limpo desejo de te ver
não despertar do sonho de te conhecer
não faz das minhas angústias
um estado consciente
nem mesmo um ser decadente
só quero viver sem estar aqui

um brando gemido no meio da noite
sinal para seguir
sem medo de se despedir
apenas chegar até onde o nada habitar

o puro está no sonho
e não no tolo

num cofre vou estar até o dia aparecer
e lá irei para onde nunca vão me encontrar
quero amar, sem a dor de conviver.

Mau

o inferno que treme meus orifícios
não me deixa dormir, só sentir
raiva, ira, desejos insanos pelas entranhas de algum
vomito a minha carne
e numa bandeja ofereço para os vermes

medo do meu ser
medo da minha vida
medo da minha morte
medo de meus desejos

morram humanos, morram!
pelo sangue rejeitado
não valem mais do que um guspo
sem escrúpulos, sem perdão

estou perdido num labirinto
com minotauro, sem saída,
com tortura. Angustiado

quero o branco, apagado
sem sentir, sem sorrir
apenas some, sem dor. 

Conversa com Ovelhas

Dialogo monossilábico
com diabólicos seres pouco falantes
sentido ao qual remete o desejo remoto de escrever um livro
sobre as conclusões que cheguei durante tão majestosa conversar
entre especies de mesmo grau de instrução.

Vento Leste

O desejo inebriante de rasgar-se em pedaços,
viajar para o infinito.
Inflar seus parâmetros até o limite
que nada faça parte do existente,
até às linhas do óbvio serem aceitas

Numa atual perspectiva dos fatos
tornam o comum - o habitual - estado de permanência

E os inusitados paraquedistas ensaiam sua chegada
nos terrenos mais hostis sem repelente de chatices

Morte: conceito criativo de vida
viagem mais louca para o sub-consciente
de uma consciência onipresente.





Jusefa dos Jusefonos

Eta vida buena que vive saracutiando
de baixo de uma parreira
pois o sabiá subia sobre as oreias
e a dona aranha requebrava as traveseira

Essa vida pacata do tipo de um bicho preguiça
que só se vive no topo da escada de santa jusefina
terra santa banhada pelo sangue do unicórnio
verte de seu solo o néctar do ribeirinha

Pois que casa caia mas festa vai ser de gandaia
o dia de fervo, não pode ser feito com pouco desprezo
o demônio vem invadindo nosso laços de amizade
a loucura vem batendo no tambor da insanidade

Isso que eu me esqueço do quanto eu perco tempo
que continuar o retalho do meu abraço
pois tudo pode ser feito com grande entusiasmo.

Questionamentos

Passo o tempo
longo e solto que não vemos passar
olho sem fim o espelho que olhos projetam sobre o que sou
porque ha os quereres alheios ao mundo?

Tudo se transforma aos odiosos casos de funeral
o vidro que separa, as visões em planos
porque não respeitá-lo?
pois o tolo faz de si algo importante

Não sei o que sinto
confuso
surdo
cego
somente o eu imperativo
nada faz majestoso o momento que vive
nada transparece o ego que sente
onde temos verdade?

Linda arvore
alheia
serena
pois sua existência
esta, onde deve estar
e eu?

Existência Sublime


Emerge da minha alma um grande êxtase
energia que move meus músculos
e transcende minha alma.

Me sinto vivo
quero gritar o mais alto possível
quero que Deus me escute
eu sou o meu deus
meu futuro é do mundo
e nele, eu sou EU

Nas coisas mais simples vejo os sinais
da inquietude de mim
quero o apenas querer
uma euforia incontrolável
que remete a degustação do momento

O calor na geada do inverno
tão quente que o sol se torna comparável
isso é estar vivo
sou feliz

Minhas sensações caem diante do meu colo
sensação tão inexplicável
que questiono a não existência de Deus
o sublime estado existencial
"penso logo existo".

Advérbios, derivado do sufixo "mente"

Loucamente

Exageradamente

cometem inadequações normativas,
as galinha da farinha brasileira
pois um decreto de leigos desavisados,
realizaram incitações desprovidas de qualquer principio poético.

Conseqüentemente as chuvas estivais carregam a semelhança humana para onde ela se esvai.

Projeto! Mente

Lentamente
Viajo
a luzzzzzzzzzzzzzz
ela surge
destemida
me estranha
me alucina
certamente
ela curte
o que vê!

Super surge
uma semente
que se transforma
numa corrente
ela é cheia
e tais mistérios
que nem sempre
sabemos

se

a puta que pariu se foi.

Monstro! da palavra "mente"

Não ha mais fim para tais pensamentos
apenas grunhidos de uma mente enlouquecida

-Pertinente, fala o ganso.
Eu que preciso de descanso.
PARE! ganso.

Minha mente
ela sente a corrente divergente,
que faz a ligação
dos afetos humanos.
Quem sabe gente,
conhecemos nossa mente?

Era dos Tempos


Palavras feridas
Sangram os animados
Do desejo incomodo
Olho ao lado
E vejo o deitado

Não me esqueço que tive
Abro a mão para o mundo

Te largo aqui

Você em braços delgados
Estará descansado

Minha flor enfraquece
Não ha mais magia
A perda do tempo
Já esta concebida

Nas fissura da rocha
As águas percorrem
Destruindo o ócio
Que já era a tempos

Na insensatez permiti
A mim, desejar o mundo
Agora vou buscá-lo

Na minha despresença
Só não esqueça
Que um dia estive aqui.

Projeto inacabado


Estralado seja o uso diversificado
Dos espaços alheios ao mundo
Tristes campos de trabalhos
Poucos disputados pelos quaisquer

De estranhezas faço a pachorra
Lambo o chão, espirro na mão do garçom
Contorço-me perante uma lagosta comunista
Faz assim pelos caminhos leves com um toque pudim.

Insano é o cego que teme o que vê
Intencional seja o uso dos membros
Proporcionando a diversão dos desatendidos
E entediados dias caminhantes

Não faz o menor sentido,
O mecânico estado de estar parado,
Sempre em pés miscíveis,
Pois uma rechonchuda ignorância não vai pro "céu".

Por um momento da partida
Os rasgos na mala podem ser evitados,
Somente batendo na bigorna
Com a chave de apertar cadeiras.