o inferno que treme meus orifícios
não me deixa dormir, só sentir
raiva, ira, desejos insanos pelas entranhas de algum
vomito a minha carne
e numa bandeja ofereço para os vermes
medo do meu ser
medo da minha vida
medo da minha morte
medo de meus desejos
morram humanos, morram!
pelo sangue rejeitado
não valem mais do que um guspo
sem escrúpulos, sem perdão
estou perdido num labirinto
com minotauro, sem saída,
com tortura. Angustiado
quero o branco, apagado
sem sentir, sem sorrir
apenas some, sem dor.